quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Os ingleses querem ser pretos



Bonzear ingleses é um bom negócio. Em todos as ruas podemos encontrar um “estúdio” com camas bronzeadoras com preços tão baixos como 12 pence por minuto. Alguns destes locais não têm pessoal, entra-se, metem-se umas moedas da máquina e temos uma cama “tostadeira” à disposição. Segundo um artigo no jornal Guardian estima-se que existam cerca de 8000 “estúdios” no Reino Unido e que ¼ dos ingleses já utilizaram estes serviços. Estima-se também que os jovens com menos de 18 anos também usam as tostadeiras em quantidades alarmantes. Numa das escolas em que foi feito o estudo, metade dos jovens entre 14 e 16 anos tinham utilizado as tostadeiras pelo menos uma vez. Noutra escola primária, 7% dos alunos entre 8 e 11 anos responderam que também já fizeram bronzeamento artificial.
Os ingleses estão sempre a ser bombardeados com informação sobre o cancro da pele (tem aumentado consideravelmente nos últimos anos), mas em vez de admitir de uma vez por todas que são branquinhos insistem em procuram outras soluções. Em muitos ginásios é possível adquirir ilegalmente Melanotan, uma droga desenvolvida no estudo do cancro da pele e que ainda não se encontra licenciada. Também se pode mandar vir da Internet, e supostamente é necessário fazer autoinjecções durante umas semanas para que a pele responda com um escurecimento espantoso. Já ouvi algumas das enfermeiras falar sobre o assunto e pelos vistos há muita gente a experimentar, com a ideia que um produto injectável, não licenciado e não comprovadamente estéril, de efeitos secundários não controlados (náuseas e aumento do apetite sexual) é mais seguro do que as camas tostadeiras.

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