sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Este fim-de-semana o Festival do Elvis está de volta a País de Gales


Inspirado na versão americana (Coney Island, New York), decorre na vila costeira de Porthcawl, perto de Cardiff.

domingo, 23 de setembro de 2012

O Festival dos Vegetais Gigantes


Olha que pena. Este fim de semana falhei o festival dos vegetais gigantes em Rhondda Heritage Park (perto de Cardiff)! Na imagem vê-se uma Marrow Squash, um vegetal que não existe em Portugal (é uma espécie de courgette).

História de uma princesa que foi a sogra da Rainha


Esta é a Princesa Alice de Battenberg, aquele membro da família real que ninguém fala devido ao seu percurso algo atípico. A Alice é a mãe do Prince Philip, o marido da Rainha que aparece sempre com um ar de poucos amigos. A Alice morreu em 1969 mas os ingleses têm falado nela ultimamente devido a um programa biográfico que passou na televisão. E têm razão, a Alice teve uma história de vida interessante. A Alice nasceu surda e a mãe dela desde cedo obrigou-a a habituar-se a ler lábios. A mãe dizia a toda gente "Se a menina Alice pedir para repetir, não repita, senão ela nunca mais aprende". Com tanta exigência a princesa acabou por ter uma fala normal e aprender várias línguas - para além do inglês falava francês, alemão e grego. Nada mau para uma surda de nascença. Alice casou-se com o Prince Andrew (da Dinamarca e da Grécia) mas o casamento não correu muito bem. O marido de Alice tinha sempre muitas amantes e não lhe ligava nenhuma, culpando-a por não conseguir ter um filho varão. Alice teve primeiro uma filha, e depois outra filha, e depois outra filha, e depois ainda outra filha, e finalmente conseguiu ter o Prince Philip. Contudo a infelicidade do casamento levou com que a princesa se tornasse "obcecada" pelos assuntos religiosos. Começou a ser considerada histérica pelos restantes membros da família real. O facto de andar a dizer que tinha sexo com Jesus Cristo não ajudava, não fica bem para uma princesa. Acabou por ser internada à força no melhor hospital psiquiátrico da Europa, onde foi paciente do famoso Freud, que achou que os problemas de Alice eram de origem hormonal. O tratamento para tal foi simples, radiação intensa na zona dos ovários, muita sorte teve a princesa de não ter morrido de cancro. Depois deste tratamento a Princesa foi trancada num hospício na Suíça durante três anos e foi impedida de ver os filhos (o mais novo tinha 11 anos na altura). Finalmente quando Alice "aprendeu a conter-se" foi viver para a Grécia, onde fundou uma associação de caridade e ajudava os feridos da Guerra. Entretanto as filhas da princesa cresceram e todas elas casaram-se com príncipes da Alemanha (simpatizantes Nazis) enquanto que o Prince Philip quando cresceu optou pela carreira militar e acabou por ter de combater a família e os amigos dos cunhados. Entretanto o Prince Philip dá o maior "golpe no baú" de sempre ao casar-se com a futura rainha. Alice continua a dedicar a sua vida a ajudar os outros até que chegou a um ponto em que a família real não era mais bem-vinda na Grécia. Alice acabou por voltar a Windsor, onde passou os últimos anos da sua vida a passear-se pelos corredores do palácio vestida de freira e a fumar.

Turismo de Fantasmas




Esta semana resolvi ir visitar Margam em Port Talbot, que é uma cidade industrial a que os locais chamam de "Port Toilet". Mas Margam fica um bocado à parte das fábricas poluentes, trata-se de uma área com parque para passear que inclui as ruínas de um mosteiro e um castelo de estilo gótico/tudor, local habitual de casamentos e filmagens como "Doctor Who", "Merlin" e de momento a série "Da Vinci's Demons". Resolvi conhecer as duas facetas de Margam, a diurna e a nocturna! Nocturna porque Margam é supostamente um dos locais mais assombrados do País de Gales, principalmente devido ao facto da reforma do Henry VIII acabar com muitos mosteiros do Reino Unido, deixando o "solo sagrado" entregue aos privados que utilizaram as pedras da Abadia para construir habitações. Claro que tudo serve para negócio e lá fomos nós na visita guiada "assombrada" numa noite fria de Setembro (sim, aqui já está muito frio), com muitos casacos em cima, luvas, gorro e uma lanterninha que tínhamos de apagar de cada vez que Jim (o guia) contava uma história. O grupo tinha mais ou menos trinta pessoas muito bem comportadas, nada de assustar o próximo e fazer barulhos parvos. Jim ia descrevendo a história do local, de como os filhos da família que comprou o terreno de Margam morreram com a maldição e como o castelo de Margam era o mais grandioso do País de Gales, com as suas histórias de festas, visitas reais e personagens interessantes que ajudavam a comunidade local que vivia das minas de carvão ou do ferro. Jim ia relatando também os fantasmas que já tinham sido avistados na zona, quer da família, quer dos monges, quer do cão assombrado de olhos vermelhos. Infelizmente não vi nenhum fantasma em Margam, mas as duas adolescentes que estavam comigo viram uma sombra branca na porta do castelo, ficando um bocadinho assustadas. E eu fiquei com um bocadinho de inveja delas.