Este é um blog de uma veterinária portuguesa a viver no País de Gales, no Reino Unido! Para amigos, familiares, curiosos e ainda pessoas que estejam a ponderar semelhante experiência!
terça-feira, 29 de julho de 2008
Estamos no tempo das vacas musculadas e não gordas...
Ellesmere III
Ellesmere II
Ellesmere
Shrewsbury
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Shrewsbury
BB
sábado, 26 de julho de 2008
Adoro persianas!
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Ovelhas no meio da M62
Ainda na semana de Manchester, muito pouco produtiva...
Outra vez parvovirose... Mas cá as pessoas são muito compreensivas, quando estava doente em Portugal normalmente toda a gente ignorava ou faziam de conta que não tinha grande importância. Ainda houve uma vez em que tive de ouvir um raspanete por ter ficado inesperadamente doente sem avisar com a antecedência de alguns dias! Eu já estava habituada, só se estivesse em coma é que não ia trabalhar. Aqui, mesmo que diga que quero ir para a linha, dizem-me que não estou com grande aspecto e que é melhor ir para casa (será porque é estágio ou eles na vida real não trabalham quando estão doentes?)!
quinta-feira, 24 de julho de 2008
semana de Manchester
Durante o treino teórico da EV fartámo-nos de ouvir a importância de não chegar atrasados ao matadouro, porque nenhuma desculpa seria considerada válida. Isso fez com que tenha passado 5 horas de Sábado à procura dos 3 matadouros desta semana, para ter uma ideia do tempo que demoro a lá chegar. Na 2ª feira acordei às 4h20 da matina para começar às 6h30 perto do aeroporto de Manchester. O que vale é que foram só 3 horas de porcos e o OV era simpático. Na 3ª e 4ª feira não tive de ir para Manchester, porque não havia animais para abater e porque no outro dia o OV ia estar com outro estagiário. E o que é que se faz nos tempos livres para além de tentar não gastar muito dinheiro? Vai-se ao escritório da EV chateá-los um bocado. Quem é que encontro a devolver o carro para ir apanhar o avião para a Dinamarca onde também existem matadouros com pessoal da EV? O meu coleguinha polaco. Já tinha chegado a correspondência do banco com o cartão multibanco e os cheques. O envelope do polaco continha os cartões multibancos de outras 2 pessoas, estava tudo baralhado, foi sorte não ter levado tudo para a Dinamarca. Depois disto, o meu cartão foi engolido por uma máquina multibanco na primeira tentativa de utilização. Fiquei a saber que o banco tinha enviado segundas vias de cartões rectificados para o escritório, mas ao voltar ao escritório não estava lá nada. Perdido no Royal Mail? Hummm… Também não ando com muita sorte com os devices electrónicos, a internet anda com pouquíssima rede, o disco externo avariou e não consigo instalar a webcam. O que vale é que o KZ emprestou-me a primeira série do Californication para me fazer rir um bocado (pelos vistos foram processados pelos Red Hot Chilli Peppers por terem o mesmo nome do que uma música).
terça-feira, 22 de julho de 2008
Bolton Abbey
Malham
segunda-feira, 21 de julho de 2008
The Yorkshire Dales
Comi muito disto!
sábado, 19 de julho de 2008
Não tenho de ir para a "escola de pesos"...
Chegou-me aos ouvidos que a TZ e a MN estão preocupadas com a minha falta de músculo para esta profissão. Como sei que elas acompanham o blog, vou deixar aqui um breve esclarecimento.
Eu não ando a carregar carcaças nem bocados de carne. Não é necessária força física para este trabalho. O que é preciso é saber afiar facas para que depois ao cortar não ser preciso exercer muita força nos pulsos e braços. O trabalho consiste em observar, cortar e se for necessário, mandar bocados para o lixo. Os trabalhadores do matadouro é que são responsáveis pelos trabalhos pesados, enquanto os inspectores apenas têm a responsabilidade de cumprir os pontos básicos de inspecção. Para mim a espécie fisicamente mais exigente (mas mais simpática em termos de ambiente de trabalho) é a dos franguinhos, porque temos de estar na mesma posição em pé durante muito tempo. Nas vacas, por exemplo, a linha é mais lenta e os inspectores dividem-se por tarefas - um corta os linfonodos da cabeça, outro analisa as vísceras (fígado, rins, coração, pulmões) fazendo os cortes obrigatórios em busca de lesões (por exemplo, parasitas nojentos como a Fascíola Hepática), outro vê a parte de cima da carcaça (está num nível mais elevado para chegar lá) e finalmente outro vê a parte de baixo da carcaça. Claro que a organização dos matadouros varia, se forem só 2 vacas abatidas provavelmente 1 inspector basta para fazer isso tudo (demora é um bocadinho mais). É preciso ainda ver os dentes da vaca para conferir a idade com o passaporte. O maior problema para mim é a minha altura, posso ter maior dificuldade em chegar até meio da carcaça se tiver de cortar qualquer coisa suspeita. Nos frangos também pode ser um problema, porque não vejo muito bem a parte de cima deles quando passam na linha, tornando-se mais dificil detectar celulite (sim, os frangos têm celulite, não são só as frangas).
No meu ponto de vista, trabalhar com animais vivos é fisicamente muito mais exigente, porque em muitas situações temos de inventar força para os agarrar, especialmente se estiverem contrariados.
Um grande beijinho para as duas (quer dizer, as três...)!!!
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Finish with Uttoexeter
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Reunião de Tupperwares, lol!
terça-feira, 15 de julho de 2008
Dexter would have liked this slaughterhouse
Depois da companhia dos meus coleguinhas na “animada” terriola de Ruskington (perto de Lincoln), lá tive de rumar sozinha para a fase seguinte do treino como Meat Inspector. Neste momento sinto-me como o elefante que estava ao lado do London Eye – a caminhar com cuidado para não meter a “pata na poça” apesar de não estar a ver bem o chão. Este treino é muito cansativo. Estamos sempre a mudar de cidade (eu até tive sorte de não ter de ir até ao sul do Reino Unido) e afastamo-nos das únicas pessoas que conhecemos por todo o país. Somos mandados para o cu de judas para alojamentos pseudo-ranhosos (eu até tenho tido sorte) onde não podemos cozinhar. Resultado: apanha-se "parvovirose", pelas porcarias que somos obrigados a comer fora de casa. Uma coisa boa é que não estou em galinhas, estou num matadouro que faz vacas, porcos e ovelhas em Uttoxeter – Staffordshire. Outra coisa boa é que o BB é aceitável, tem TV cabo, dá para lavar roupa, preparam-me o pequeno almoço às 6 da manhã, é limpo e tem casa de banho com shower (e não com banheira). A dona é muito simpática e tem um cão cruzado de Staffordshire Terrier com Galgo Whippet (parece um fenómeno paranormal). De qualquer maneira, apesar de todas as contrariedades, não estou arrependida de ter vindo.
sábado, 12 de julho de 2008
Registo no RCVS
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Tarte da Ervilheira
quarta-feira, 9 de julho de 2008
chickens are driving me crazy
domingo, 6 de julho de 2008
Comunicações
near Lincoln
Na 6ª feira deram-nos o plano para o estágio e fiquei a saber por onde vou parar nas próximas semanas. Para já começo por Lincoln, num matadouro de aves (franguinho do bom). Entre cada sítio de estágio nunca vou ter de conduzir mais do que 2 horas, o que até nem é mau comparando com as alternativas (outros coleguinhas tiveram de andar umas boas 6 horas). Pelos vistos a empresa tem muita dificuldade em arranjar locais para estagiar, parece que ninguém gosta muito das pessoas com este papel (somos os maus da fita).
Estou alojada numa espécie de turimo rural, com quarto com casa de banho. É perto do matadouro e tem máquina de lavar a roupa (à borla). Tenho uma janela que dá para um jardim cheio de coelhos (mais ao fundo há cavalos). A dona disto tem ainda uns tantos cães, um deles é um Border Collie (daqueles que a Tata gosta e que no livro dos animais lá de Cantanhede era estranhamente descrito como potencialmente agressivo). É muito simpática – vai-nos preparar umas sandochas para levarmos para o trabaho!
O Breakfast Menu é composto pelo seguinte:
- Bacon, eggs, tomato, Lincolnshire sausage, mushrooms and black pudding. Temos ainda como complemento (energético) smoked haddock and smoked salmon. Nham nham!!!
Telemóvel da empresa
“No me hables mas d esta puta empresa que me pongo d mala hostia. Ya tengo insomnio, es que me caliento que me dan ganas d darle fuego a la oficina d leeds.”
Parece-me que alguém está chateado. Se calhar devia telefonar a perguntar exactamente o que se passou, já que é de borla...
York
As melhoras para a TiZ!
Semana do treino em Leeds
O treino teórico teve a duração de uma semana, numa sala do Ramada Hotel. Fomos apresentados à equipa da Eville and Jones e a toda a confusão que significa o sistema de Health Safety relativamente aos matadouros. Tivemos aulas dos mais mais variados temas mas tudo muito teórico e básico, nada de especial. Eu, por estar alojada num sítio diferente, tive direito ao carro logo na 2ª feira. Os outros é que não tiveram grande sorte, só tiveram o carro na 6ª feira, que é péssimo porque no dia seguinte tiveram de fazer uma viagem de 6 horas e não tiveram tempo para se habituarem à condução pela esquerda e ao tipo de carro. Também só na 6ª feira ao fim do dia é que ficamos a saber exactamente os locais de estágio e o alojamento (pago pela empresa). O telemóvel da empresa também só veio na 6ª feira – temos direito a 24 minutos de borla para as outras pessoas da EJ. Quando acaba esse tempo e se ainda não tivermos falado tudo, desligamos e voltamos a ligar durante mais 24 minutos, e assim sucessivamente.
O resto do tempo foi dedicado à confraternização com os coleguinhas de várias nacionalidades (Espanha, Portugal, Polónia e Roménia).
quarta-feira, 2 de julho de 2008
1º fim de semana em Leeds
No Domingo foi o dia da “Driving Tuition”, em que um instrutor de condução esteve meia hora com cada um de nós para iniciarmos a condução ao contrário. Para pessoas dextras é mais dificil a adaptação, a mão esquerda não é delicada com a caixa das mudanças. Quando a conduzir pela esquerda, é só uma questão de estar com atenção. O instrutor disse que os portugueses foram os que tiverem maior facilidade na prova, ah ah!
Transportes Públicos de Leeds:
Os bilhetes custam mais ou menos 1,5 libras nos tranposrtes pagos (há uma carreira à borla no centro da cidade). Existem duas companhias principais, a Metro e a First. Nas paragens podemos ver a que horas passam os autocarros todos os dias da semana e para onde vão. Para quem quiser ir do Ramada Hotel para a cidade pode apanhar um autocarro em Seacroft Bus Station (que fica no Tesco, o supermercado ao lado do hotel). Como eu estou alojada longe do hotel pedi para que me dessem o carro com a maior brevidade possível, e assim aconteceu, na 2ª feira era a única que tinha direito a carro.
Coisas novas que descobri:
- É comum levantar-se dinheiro quando se paga com cartão multibanco no supermercado;
- os ingleses passam-se se não tivermos os cartões multibancos assinados;
- os bloqueadores de volante não são universais;
- as tomadas têm interruptor (até já sabia da anterior estadia);
- existem casas de banho alcatifadas;
- adoro persianas;
- os portugueses têm uma grande consciência ambiental (reciclagem)!
Viagem Porto – Leeds
Quanto à bagagem, a Ryanair permitia 15 kg de bagagem de porão e 7 kg na bagagem de mão (de dimensões limitadas) enquanto a Southwest permitia 20 Kg no porão e 5 Kg na mão. O aeroporto de Bristol apenas permite um item para bagagem de mão, ou seja, quem ande com carteira tem de arranjar maneira de a enfiar dentro da mochila de mão. Não permitem embalagens com mais de 100 ml na bagagem de mão e todos os outros líquidos têm de ser enfiados num saco de plástico deles (chato para quem queira transportar garrafas de um lado para o outro). Os portáteis e todos os aparelhos electrónicos têm de ser tirados da mala aquando do controlo das bagagens de mão. Depois existe ainda a “apalpadora oficial” que escolhe as pessoas para chatear à saída do controlo.
Primeira impressão de Manchester: a caixa amarela para agulhas na casa de banho (estou habituada a vê-las nas clínicas veterinárias, não em casas de banho, quase pensei que tinha entrado no gabinete de veterinária do aeroporto). Não apanhei ninguém a falar com aquele sotaque do “Imperiais e Batatas-fritas” (a série da SIC radical), mas não tive assim tanto tempo em Manchester.