Fomos fazer o registo no médico de família. Isso implica marcar uma consulta com uma enfermeira para tirar os dados que possam ser relevantes para o historial clínico. Fiquei registada numa clínica diferente da Papoila mas a recepção foi igual, fria e sem informação. Tiraram o peso, a pressão arterial (com apenas uma medição naquelas máquinas automáticas), perguntaram a altura, pediram a urina da manhã e fizeram 3 ou 4 perguntas básicas muito a despachar. Mais de metade do tempo foi a explicar que teríamos direito a um intérprete para o caso de não nos sentirmos à vontade com o inglês. Com muita força de vontade conseguimos roubar mais uns minutos à enfermeira para umas perguntas básicas.
“E se eu precisar ir ao dentista? Como funciona?”
“Isso tem de entrar num dentista e perguntar”
“E como é que eu sei que são públicos ou privados?”
“Vai experimentado. Se perguntar lá são capazes de ajudar.”
“Vai experimentado. Se perguntar lá são capazes de ajudar.”
“E como funcionam os rastreios ao cancro da mama e ao colesterol?”
“Só se fazem se o médico assim o indicar.”
“Só se fazem se o médico assim o indicar.”
“Mas eu tenho hipercolesterolémia, tenho de fazer o controlo com frequência, posso marcar?”
“Tenho aqui uns folhetos ideais para si (e entrega folhetos publicitários da Flora Pró-activ com cupões de desconto de 30p)”.
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Eu já tinha ouvido dizer que eles eram um bocado incompetentes na área da saúde e davam paracetamol para tudo (às vezes para disfarçar dão aspirina). Mas agora começo a entender que se calhar aqui uma pessoa não se safa sem um seguro privado de saúde.
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