domingo, 26 de abril de 2009

Médico de Família




Fomos fazer o registo no médico de família. Isso implica marcar uma consulta com uma enfermeira para tirar os dados que possam ser relevantes para o historial clínico. Fiquei registada numa clínica diferente da Papoila mas a recepção foi igual, fria e sem informação. Tiraram o peso, a pressão arterial (com apenas uma medição naquelas máquinas automáticas), perguntaram a altura, pediram a urina da manhã e fizeram 3 ou 4 perguntas básicas muito a despachar. Mais de metade do tempo foi a explicar que teríamos direito a um intérprete para o caso de não nos sentirmos à vontade com o inglês. Com muita força de vontade conseguimos roubar mais uns minutos à enfermeira para umas perguntas básicas.

“E se eu precisar ir ao dentista? Como funciona?”
“Isso tem de entrar num dentista e perguntar”
“E como é que eu sei que são públicos ou privados?”
“Vai experimentado. Se perguntar lá são capazes de ajudar.”
“E como funcionam os rastreios ao cancro da mama e ao colesterol?”
“Só se fazem se o médico assim o indicar.”
“Mas eu tenho hipercolesterolémia, tenho de fazer o controlo com frequência, posso marcar?”
“Tenho aqui uns folhetos ideais para si (e entrega folhetos publicitários da Flora Pró-activ com cupões de desconto de 30p)”.

Eu já tinha ouvido dizer que eles eram um bocado incompetentes na área da saúde e davam paracetamol para tudo (às vezes para disfarçar dão aspirina). Mas agora começo a entender que se calhar aqui uma pessoa não se safa sem um seguro privado de saúde.

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