Às vezes farto-me de veterinários. Ou do que se tornaram. De qualquer nacionalidade, não importa. Farto-me dos veterinários ingleses por se queixarem dos clientes preocupados. Primeiro dizem aos clientes para telefonarem qualquer que seja a dúvida. Depois ficam indignados quando lhes telefonam a perguntar o que fazer ao seu animal que está cheio de dores depois da cirurgia. Ou então reclamam quando um cliente chega 5 minutos atrasado, como se perdesse o direito à consulta. E dos portugueses, estou farta desses também. Não julguem que se escapam. Que se queixam que têm a pior profissão do mundo, por causa dos horários e da responsabilidade. E depois justificam com a elevada taxa de suicídio que há entre os colegas. Como se não tivessem alternativas profissionais e como se fosse complicado pegar nas malas e tentar a sorte noutros países. Consigo imaginar umas tantas quantas profissões que são bem piores do que ver animaizinhos felpudinhos o dia inteiro. Aturar pessoas é difícil? Pois é. Mas não deve ser a única profissão em que se atura pessoas. Suicídio? Talvez o facto de terem sempre à mão um medicamento que tão rapidamente faz o corpo parar em apenas uns segundos não fosse razão suficiente para a elevada taxa de suícidio. Queixar um bocadinho é saudável. Mas o tempo todo? Parem de se queixar! Ou então mudem de vida e vão amanhar lulas para uma fábrica de enlatados.
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